A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito que apura o assassinato da empresária Ingrid Emanuele, de 37 anos, morta no dia 10 de setembro em Governador Valadares.
Segundo a corporação, o crime foi encomendado pelo ex-marido da vítima, com quem ela teve um relacionamento de aproximadamente sete anos.
O mandante, que mora em Araguaína ( TO ), teria pago R$ 80 mil aos dois executores — já presos — para que cometessem o homicídio.
Durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira ( 08/10 ), o delegado regional Luciano Cunha e o delegado de homicídios Márdio Bento Costa revelaram detalhes do caso, classificando o crime como passional.
De acordo com a Polícia Civil, o ex-marido acreditava que Ingrid estaria prejudicando seus negócios. Ele é apontado como líder de uma organização criminosa envolvida com tráfico de pessoas para o exterior.
Além dos dois executores, já detidos, as investigações identificaram outros dois envolvidos: o próprio mandante e um intermediário, considerado seu braço direito, que teria dado apoio logístico e financeiro à execução do crime.
Na última terça-feira ( 07/10 ), a Polícia Civil, com apoio da Polícia Federal, cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos novos investigados, no Tocantins.
Foram apreendidos seis celulares e nove discos rígidos, que serão periciados. “A apreensão desses materiais representa um passo importante na obtenção de novas provas”, afirmou o delegado Márdio Costa.
Logo após o crime, dois suspeitos — de 30 e 36 anos — foram presos em menos de 48 horas, na cidade de Itumbiara ( GO ), graças a uma ação conjunta das polícias de Minas Gerais e Goiás.
As investigações seguem em andamento, e a Polícia Civil informou que continua empenhada em localizar e prender os outros envolvidos.
“O objetivo é identificar todos os responsáveis, esclarecer suas participações e garantir que nenhum deles permaneça impune”, destacou o delegado responsável.