Um adolescente de 12 anos foi baleado na noite de segunda-feira ( 19/05 ), dentro da própria casa, no bairro Jardim Pérola, em Governador Valadares.
O disparo ocorreu por volta das 18h, na Rua Guianas. A vítima foi socorrida por uma viatura do Comando Tático da PM e levada para o Hospital Municipal.
A mãe do menino estava no trabalho e a irmã mais velha, que presenciou a cena, o acompanhava no hospital.
Uma testemunha contou que ouviu cerca de seis disparos e, ao sair para a rua, viu a irmã do adolescente pedindo socorro. Ao entrar na casa, encontrou o garoto na sala, sentado no chão, ensanguentado e com uma arma em punho, apontada para a porta.
A testemunha retirou a arma das mãos dele e a colocou sobre o sofá. Próximo à vítima, havia uma segunda arma — uma pistola PT TS9.
Outra testemunha relatou ter visto a irmã do garoto pegando a arma do sofá e subindo para o andar superior. Ela se trancou em um quarto e, após conversar com a mãe por telefone, entregou a pistola, que estava escondida debaixo de uma almofada. O armamento foi apreendido pela PM.
Durante a perícia, foram recolhidos seis cartuchos deflagrados calibre .380, fragmentos de projéteis, um celular da vítima e o DVR das câmeras de segurança da casa.
Também foram apreendidos uma pistola calibre .380, dois carregadores, 22 munições intactas e dois cartuchos deflagrados. O registro da arma está em nome do pai do adolescente, que estaria em viagem a trabalho em Belo Horizonte.
De acordo com o perito criminal, os disparos atingiram o chão e rodapés da sala e do corredor, sugerindo que foram feitos pelo próprio adolescente.
O médico que atendeu o menino informou que ele foi atingido por um único tiro, que entrou pelo pescoço e se alojou no olho esquerdo.
A empregada doméstica da casa relatou à polícia que deixou a residência por volta das 16h30. Segundo ela, o adolescente jogava videogame na sala, a irmã estava no andar de cima e a avó — que sofreu um AVC — permanecia em um dos quartos.
A irmã da vítima afirmou que ouviu sons semelhantes a tiros, mas pensou inicialmente que vinham da rua. Apenas ao perceber novos estampidos, desceu e encontrou o irmão ferido. Ela também disse que o portão da casa estava trancado, o que, segundo ela, impediria a entrada de estranhos.
A motivação do disparo ainda é incerta.