No último dia 9 de fevereiro, o clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG foi palco de mais uma edição do Raros em Campo, campanha promovida anualmente pela Federação Mineira de Futebol ( FMF ) para conscientizar a população sobre os desafios enfrentados por pessoas com doenças raras.
O evento reuniu 150 convidados com condições raras, que participaram de um momento especial antes da partida: ao lado dos jogadores, eles entraram em campo para pedir mais inclusão, acesso a tratamentos e o fim do preconceito.
A campanha foi idealizada por Marcelo Aro, pai da pequena Mariazinha e fundador da Casa de Maria, a primeira casa de acolhimento para pessoas com doenças raras no Brasil.
Aro destacou a importância da iniciativa para ampliar a representatividade e levar informação a quem ainda não recebeu um diagnóstico.
“Quem esteve no estádio viu a alegria de cada raro e suas famílias.
A visibilidade desse evento faz com que muitas pessoas busquem o diagnóstico e a qualidade de vida para si e para seus filhos.
Além disso, pela TV e internet, milhares de doentes raros puderam acompanhar e se sentir representados.
Representatividade importa!”, ressaltou o idealizador.
Entre os participantes estava Clóvis Henrique, de Governador Valadares, pai do pequeno Henrique Pato, diagnosticado com Distrofia Muscular de Duchenne ( DMD ), uma doença genética que causa degeneração progressiva dos músculos esqueléticos, cardíacos e respiratórios.
Clóvis destacou o impacto positivo da rede de apoio criada por Marcelo Aro, que o ajudou a lidar com o diagnóstico do filho.
“É emocionante saber que nossos raros têm um espaço num evento tão grandioso”, afirmou.
Ele também reforçou o quanto iniciativas como o Raros em Campo ajudam a dar visibilidade à causa e a fortalecer quem enfrenta essa realidade.
“Nos sentimos acolhidos e abraçados, como se houvesse uma corrente forte na luta por essas crianças”, concluiu.