O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado ( 22/11 ) após uma sequência de eventos que, em menos de oito horas, culminou na decretação de sua prisão preventiva pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF ).

Por volta das 23h dessa sexta-feira ( 21/11 ), a Polícia Federal encaminhou a Moraes um pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente.

A solicitação teve como base um vídeo divulgado na internet, no qual o senador Flávio Bolsonaro convocava apoiadores para uma vigília em frente ao condomínio onde o pai reside.

Segundo a PF, o ato poderia gerar tumultos semelhantes aos acampamentos realizados nas portas de quartéis em 2022.

A corporação apontou risco concreto de que a movimentação pudesse facilitar uma possível fuga de Bolsonaro.

Às 00h08 deste sábado ( 22/11 ), a situação ganhou novo agravante: a Polícia Federal recebeu um alerta de violação da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente, reforçando o pedido de urgência.

Com os novos elementos, às 2h, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Bolsonaro, após violação da tornozeleira e indícios de fuga.

O mandado foi cumprido pela Polícia Federal às 6h da manhã.

Na PF, Bolsonaro ficará em uma Sala de Estado Maior, com TV, frigobar, ar-condicionado, banheiro e janela.