A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro ( PL ), seu filho Carlos Bolsonaro, e o deputado Alexandre Ramagem ( PL-RJ ) no inquérito que apura o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência ( Abin ) para monitorar adversários e espalhar fake news sobre o sistema eleitoral.
A investigação começou após reportagem do jornal O Globo, em março de 2023, revelar a compra de um software espião usado para rastrear alvos em todo o país. O esquema ficou conhecido como “Abin paralela”.
Mais de 30 pessoas foram indiciadas, incluindo nomes da atual gestão da Abin, como o diretor-geral Luiz Fernando Corrêa, o chefe de gabinete Luiz Carlos Nóbrega e o corregedor José Fernando Chuy — todos delegados da Polícia Federal nomeados no governo Lula.
Nem Bolsonaro nem Ramagem se pronunciaram sobre o indiciamento. Antes, ambos negaram qualquer envolvimento ou existência de estruturas clandestinas dentro da agência. A Abin, em nota, afirmou colaborar com as investigações e destacou que os fatos ocorreram em administrações anteriores.
Nas redes sociais, Carlos Bolsonaro reagiu: “Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!”, ironizou no X ( antigo Twitter ).