A Prefeitura de Campo Grande ( MS ) abriu um processo para apurar a conduta da professora trans Emy Santos, que leciona para crianças de 7 anos e compareceu fantasiada de princesa no primeiro dia de aula.
O caso gerou repercussão e virou tema de debate na Assembleia Legislativa do estado.
O secretário de Educação, Lucas Bittencourt, afirmou que a investigação avaliará se houve descumprimento de normas e se a atividade lúdica está alinhada à Base Nacional Comum Curricular ( BNCC ).
O episódio também foi alvo de críticas do deputado João Henrique Catan ( PL ), que usou a tribuna para atacar a docente.
Ele classificou a ação como inapropriada e exibiu imagens da professora na escola, fazendo ataques transfóbicos durante seu discurso.
Em resposta, Emy Santos, que tem 25 anos e trabalha há um ano na rede municipal, afirmou que foi convidada a ir fantasiada para tornar o primeiro dia de aula mais acolhedor.
“Sou uma profissional, uma educadora, estudei para isso. Sou uma mulher trans, sou travesti. Essa é minha identidade. Arte é arte”, declarou.