A Justiça determinou a cassação dos diplomas do prefeito reeleito de Água Boa, Orlando Pereira ( Solidariedade ), e de seu vice, Leandro Koema ( PSDB ), por compra de votos e abuso de poder econômico.
A decisão atende a uma denúncia do Ministério Público de Minas Gerais ( MPMG ) e foi divulgada nesta sexta-feira ( 20/12 ).
Além da perda dos diplomas, os dois foram condenados a pagar multa de R$ 50 mil cada e ficar inelegíveis por oito anos.
Três cabos eleitorais também foram penalizados: um com multa de R$ 5.320,50 por compra de votos e os outros dois com inelegibilidade pelo mesmo período.
Conforme o MPMG, Orlando Pereira ofereceu R$ 100 mil a um eleitor em troca de apoio político, dos quais R$ 50 mil foram pagos antes das eleições.
Outros dois eleitores receberam R$ 2 mil cada, com metade do valor entregue antecipadamente.
O prefeito ainda teria exigido que adesivos de candidatos adversários fossem substituídos por materiais de sua campanha nos veículos dos eleitores beneficiados.
O órgão apontou que a quantia de R$ 100 mil oferecida a um único eleitor superou os gastos de campanha de todos os adversários de Pereira juntos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ).
Para a Justiça, o uso excessivo de recursos financeiros configurou uma “vantagem desleal”, comprometendo a isonomia da disputa eleitoral.
Embora Leandro Koema não tenha participado diretamente dos atos ilícitos, a Justiça reforçou que a chapa majoritária é considerada indivisível, o que motivou a cassação do diploma do vice-prefeito.