A chef Bruna Matos, de 27 anos, representou Minas Gerais com na 3ª edição do Concurso da Associação Brasileira de Chefs de Cozinha e Bartenders ( (ABRACHEFS ), realizado entre os dias 23 e 25 de maio, no Rio de Janeiro ( RJ ).

Ela conquistou o 1º lugar na categoria “Comida Afetiva”, com um prato que homenageia suas raízes familiares e a culinária mineira.

O prato “Casa de Dona Rosa” é uma criação autoral de Bruna e traz como base o angu de milho verde, com um toque de laranja e queijo minas. A receita leva ainda farofa de milho verde, miúdos de galinha como proteína principal e o aproveitamento de talos de couve como diferencial.

A inspiração veio da avó, Rosalina Ferreira de Oliveira Matos, falecida em 2013, figura marcante na vida da chef.

Natural de Itambacuri MG, Bruna mora em Governador Valadares desde os 17 anos. Ela chegou a cursar Ciências Econômicas na UFVJM, em Teófilo Otoni, mas precisou trancar a graduação durante a pandemia.

De volta a Valadares, descobriu sua verdadeira vocação na Gastronomia.

Bruna já passou por diversos restaurantes e bares da cidade e atualmente comanda o Raspas de Limão, um delivery especializado em comida caseira. Para ela, o desafio da cozinha vai muito além do que se vê nas redes sociais.

“A vida na cozinha é de muito calor, correria e estresse. O maior desafio é se superar todos os dias para alimentar bem as pessoas”, resume.

A participação no concurso foi viabilizada com o apoio de amigos e clientes, por meio de uma rifa virtual. O dinheiro arrecadado ajudou nas despesas da viagem e na compra de utensílios. Apesar dos imprevistos — como pratos quebrados na ida e o extravio de uma mala com facas novinhas na volta — Bruna celebra: “O importante é que voltei com o troféu pra gente”.

De volta a Governador Valadares, a chef reforça que nenhuma conquista vem sozinha. “Agradeço muito à minha equipe. Toda vitória depende de boas pessoas nos bastidores”, afirma.

Aos que sonham com a carreira na Gastronomia, ela deixa um recado direto do calor das panelas: “Tenham amor e respeito pela cozinha e pelos profissionais. A gente corta o dedo, queima a mão, passa horas em pé… Mas, no fim, entregamos a melhor refeição de coração para as pessoas”.

Por: Flávia Carvalho / @interioriza.br