Notícia urgente e jornal diário de Governador Valadares
E LESTE E NORDESTE DE MINAS

Notícia urgente e jornal diário
Governador Valadares

Remédio brasileiro inédito faz paraplégicos voltarem a se mover

Compartilhar:

Um medicamento revolucionário desenvolvido no Brasil está reacendendo as esperanças de quem vive com paralisia.

Chamado de polilaminina, o composto tem demonstrado resultados inéditos na regeneração da medula espinhal, com pacientes paraplégicos e tetraplégicos recuperando parcialmente — e, em alguns casos, totalmente — os movimentos perdidos.

A substância é fruto de 25 anos de pesquisa com proteínas extraídas da placenta humana.

Seu desenvolvimento foi liderado pela professora Tatiana Coelho de Sampaio, da UFRJ, e apresentado nesta terça-feira ( 09/09 ) pelo laboratório Cristália.

A polilaminina atua estimulando a regeneração de neurônios maduros e a formação de novos axônios, as “fibras elétricas” que conectam o cérebro ao resto do corpo.

Trata-se de uma proteína derivada da laminina, já presente no corpo humano e essencial à regeneração de tecidos.

No caso de lesões medulares, ela funciona como uma espécie de “andaime molecular”, orientando o crescimento de novos neurônios e promovendo a reconexão de vias nervosas antes consideradas definitivamente danificadas.

Nos testes experimentais, a substância foi aplicada diretamente na medula espinhal de pacientes. Os resultados variam conforme a gravidade e o tempo da lesão.

A atleta paralímpica Hawanna Cruz Ribeiro, por exemplo, recebeu o tratamento três anos após a lesão e recuperou entre 60% e 70% do controle do tronco. Já Bruno Drummont de Freitas, tratado apenas 24 horas após o trauma, relatou recuperação total em cinco meses — voltando à sua rotina normalmente.

Em testes com animais, os avanços também impressionam: cães com lesão medular voltaram a andar, e ratos apresentaram respostas positivas já nas primeiras 24 horas.

A polilaminina ainda depende de aprovação da Anvisa para seguir para novas fases de estudo, mas os resultados apresentados até agora posicionam o medicamento como uma possível virada de chave no tratamento de lesões que, até então, pareciam irreversíveis.

Mais Lidas

RELACIONADOS